domingo, 30 de setembro de 2012

HEBE CAMARGO: A RAINHA DA TV em cordel


Meus caros amigos e amigas, após a morte da Hebe Camargo lembrei de um cordel que havia escrito, ainda senão me engano, no ano de 2005. Mandei para o programa dela como uma carta, pedindo uma oportunidade para mostrar o trabalho que desenvolvo com o cordel. Só que nunca obtive respostas. Agora com a sua morte, atualizei o poema, colocando as estrofes no passado. Compartilho aqui com vocês como forma de homenagear essa grande apresentadora. Me solidarizo com a família dela e a homenageio com estes versos de cordel.


Se a TV tem rainha
Está ocupado o cargo
É vitalício e eterno
Jamais sofrerá embargo
Nem destronar a rainha
Chamada Hebe Camargo.

Pois foi lhe dado um encargo:
Causar encanto e magia.
Debatendo uns assuntos
Que a todos contagia.
De forma alegre e fantástica
Transmitia boa energia.

Com toda a sua alegria
Ao Brasil conquistou.
Fez uma carreira sólida
Corajosa impressionou.
Sua história e da tevê
Pra sempre se misturou.

Por muitos anos brilhou,
Construiu a trajetória.
Como cantora também
Encantou, teve vitória.
Proveio do anonimato
Ganhou fama e fez história.

O seu passado de glória
Abrilhantou a carreira.
Contribuiu, fez crescer,
Toda a TV brasileira.
Tornando-a no país,
Forte e alvissareira.

Durante sua vida inteira
Guiou-se pela verdade
Denunciou os ladrões
Cobrou mais honestidade
Dos políticos brasileiros
Em prol da sociedade.

Singeleza, agilidade
Nessa mulher lutadora
Sobrava para emprestar
Por ser tão trabalhadora.
Isto lhe fez no Brasil
Grande apresentadora.

Foi uma desbravadora.
Porque é assim quem pensa.
Sem medo, diversas vezes,
Fez críticas contra a imprensa
Porque segundo, à rainha,
Falsidade não compensa.

Sua projeção imensa
A fez ser tão respeitada
Brincalhona na TV
Fez seu público dar risada
Porque Hebe foi assim,
Tão séria quanto engraçada.

Aos que não fizeram nada
Mesmo nadando em dinheiro
Criticou sem citar nome:
Espertalhão, bandoleiro
Foi a porta-voz dos muitos
Neste solo brasileiro.

Seu sorriso verdadeiro
Para adulto e a criança
Quando ia na AACD
Enchia de esperança
Por seu carinho e afeto
Não sairá da lembrança.

Transmitiu a confiança,
Para a criança doente.
No programa Teleton,
Passou isso a toda gente.
Dizendo aos especiais:
“Não desistam, vão em frente”.

Ágil e bem competente
Soube entrar e sair.
Chorou quando foi preciso,
Porém soube mais sorrir.
Foi solidária com muitos,
Sem jamais se omitir!

Foi capaz de dividir
Acolher gente na dor
Denunciou injustiças
A prática de todo horror.
Recebeu, em seu programa,
Sofredores com amor.

Este ser tão lutador,
Nunca parou de lutar.
Deu pulos de alegria
Mas também soube cantar.
Herdou esse dom do pai
Jamais hesitou mostrar.

Não deixou de ajudar
Quem procurou seu programa
Pois, cantor através dela,
Conseguiu riqueza e fama
Por isso, Hebe, o Brasil,
Chora por ti porque ama.

É enorme a sua fama,
Sua história assim nos diz.
Pois toda segunda feira
Deixava o povo feliz.
Isso lhe fez referência,
Em todo o nosso país.

Dançou, brincou, foi atriz
Encenou, faz pirueta.
E apesar da doença
Parecia uma ninfeta.
Topava ainda um Romeu
Só para ser Julieta.

Jamais suportou mutreta,
Sendo a mulher do carinho.
Cada convidado seu,
Queria ter o gostinho,
De sentir qual era o gosto,
Do seu famoso selinho.

Concluiu o seu caminho,
Felicíssima, formidável,
Foi um ser humano ímpar
Tão raro, quanto amável,
Tê-la na televisão
De fato nos foi louvável.

Outra coisa inegável
Com a Hebe acontecia.
O tempo passa veloz
Entretanto Hebe dizia:
Que o seu vigor da vida
Até rejuvenescia.

Jamais ela esmorecia,
Não foi mulher negativa,
Sua cabeça pensava
Só em coisa positiva.
Até mesmo sua doença
Enfrentou de forma ativa.

Em vida qualitativa
Deu lições na juventude.
Aberta sempre ao novo
Buscou paz e plenitude.
Essa mulher de caráter
De fé e magnitude.

Esbanjando atitude,
Hebe procurou viver.
Passando o melhor de si,
No intuito de poder.
Através do seu programa
Fazer o povo crescer

Esse contínuo prazer
A vida lhe outorgou
Um jeito tão exclusivo
O qual pra tela levou
Sem ela a TV não tinha,
Chegado aonde chegou.

A Tupi que começou,
Pôde com Hebe contar.
Sua contribuição,
Fez nossa TV andar.
Por isso ninguém jamais
Tomará o seu lugar.

Hebe pode descansar,
Enquanto a grande saudade
Do seu público permanece
Ninguém sabe a quantidade.
Dos fãs que você deixou,
Indo para a eternidade.

Este Brasil de verdade
Registrou para valer:
A marca, além do selinho
Tem o “lindinho de viver”
O “gracinha” é seu jargão
Que ninguém vai esquecer.

Seu jeito meigo de ser
Outra igual não aparece.
É marcante, inesquecível.
Disto o povo não esquece.
Que o sol é para todos,
A sombra pra quem merece.

Agora em forma de prece
Fale a nossa nação.
Toda segunda à noite
Dê a sua opinião
Como fez durante anos
Dentro da televisão.

Você deixou a nação
Muito tristonha e chorosa
Mas a vida é assim mesmo,
Tão linda e maravilhosa
Traz e leva uma pessoa,
Seja anônima ou famosa.

Feito joia primorosa,
Lutou tanto e alcançou.
Uma carreira brilhante
A TV lhe consagrou
Saiu da vida, porém
Seu grande nome deixou.

A sua fama ficou
Registrada em competência
Provando o quanto é alto
Seu índice de audiência
Causando nas emissoras
Temerosa turbulência.

Rainha da eficiência
De voz singela e arguta
Encontre com Jesus Cristo
Fale a ele sobre a luta.
Deus lhe abençoe e guarde.
Parabéns pela labuta.

Autor
Varneci Nascimento
varnecicordel@yahoo.com.br

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A BESTA DO APOCALIPSE E O AMOR DE AGRIPINO



 Este é mais um título de minha autoria e ilustrado por Walfredo de Brito, um paraibano de grande talento.

Agripino é um jovem que encontra seu amor em meio a uma briga. Sabendo que a planta do mal não tem raiz, enfrenta tudo e a todos, inclusive a Besta descrita no Apocalipse, uma figura bíblica que atravessa gerações. O amor sempre triunfa, mas vencer algo tão poderoso quanto essa Besta não será tarefa fácil. Será que Agripino conseguirá? E o amor vencerá todas as adversidades? A resposta você encontrará lendo mas esta obra cordeliana.

Veja as primeiras estrofes:

Quando o cupido resolve
Disparar a sua seta,
Ela se impõe soberana,
Da maneira mais direta.
Só sai de cena deixando
A sua missão completa.

A palavra é feito tiro,
Disparou, você mantenha.
Mesmo lhe custando caro
Vire chacota e resenha,
Sustente a sua promessa
Ainda que leve lenha.

No caso narrado aqui,
Irei mostrar a você.
Detalhes que o levarão
Entender cada por quê.
Desse drama ocorrido
Há tempos em Banzaê.

A cidade é situada
No interior da Bahia,
Quase trezentos km
De sua capital seria.
É nova, mas tem história
De uma antiga freguesia.

Quer conhecer o resto da história? Só comprando o cordel, pois falando em apocalipse está previsto que o mundo se acaba este ano. Será que o cordel aborda o tema?
Mais informações:
Editora Luzeiro Ltda
Fone: (11) 5585-1800

quarta-feira, 12 de setembro de 2012









PRIMEIRA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE GARANHUNS

A convite da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros) estive na última segunda feira na cidade de Garanhuns – PE Pernambuco ministrando palestra a respeito dos livros O Pequeno Polegar e a Branca de Neve (Panda Books). Foi um evento muito bom, pois além de divulgar meus livros tive a oportunidade de me encontrar com diversos poetas da cidade entre os quais destaco Gonzaga de Garanhuns, Bispo, Sandoval, Medeiros Braga (João Pessoa), entre outros. Foi uma oportunidade de perceber que o cordel está vivo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

CARTA DE DESFILIAÇÃO DO PT DE BANZAÊ



Caros amigos e amigas, analisando os últimos acontecimentos políticos de Banzaê, não encontro mais nenhuma razão, para permanecer nos quadros do PT. Abaixo segue na íntegra a minha carta pedindo a retirada do meu nome do partido que se tornou apenas mais um partido, que visa somente e tão somente o poder, e o serviço, razão principal da política, foi totalmente esquecido.


São Paulo, 29 de agosto de 2012.

Senhora Maria Aparecida da Conceição, saudações.
Gostaria de enviar esta carta por motivos alegres e alvissareiros, como foi quando se começou a gestar o sonho de fundar o PT em Banzaê, a grande esperança de mudança para todos nós, no entanto, a história tem provado que este partido se tornou uma verdadeira decepção, pois ao chegar ao poder, converteu-se no maior praticante dos atos que condenou de forma veemente e contumaz nos outros, deixando-se encantar pela vaidade do poder, algo perigoso em qualquer projeto.
Sinceramente, nunca imaginei que chegaríamos a este nível, pois caráter, respeito e ética, são bens inegociáveis, não se pode abrir mão do essencial. Quem é cristão jamais se valerá da frase que os fins justificam os meios. O cristão que usa este argumento, estará perto de tudo, menos do Senhor Jesus. Para mim e para boa parte das pessoas que se filiaram ao PT de Banzaê, política é servir aos outros, todavia, infelizmente não é o que temos visto no PT, que se tornou o servo e o senhor de si mesmo e de interesses nem sempre auspiciosos, de poucos é claro.
Embora esteja afastado da minha terra há mais de 10 anos, sempre acompanhei com interesse todos os acontecimentos envolvendo esta cidade. Vibrei com aqueles que deram certo e sofri com os que deram errado. Quando o PT surgiu em Banzaê, logo me filiei porque vi neste partido a possibilidade de construirmos uma nova história e também tirarmos a política local das mãos tiranas do Carlismo, que castigou a Bahia por décadas. Todavia, ao ver entrar nos quadros do PT, quem nunca votou em Lula e quem sempre apoiou ACM, percebi que nos tornaríamos apenas mais um partido, longe do povo e sem identidade e de fato foi o que aconteceu. Ao saber dos seus últimos acontecimentos políticos, me vi na obrigação de transferi meu título de eleitor para São Paulo, pois não posso fazer parte de uma roda, na qual muitos esquecem do compromisso com a decência, a ética e o respeito pelos eleitores.
Diante de interesses espúrios, de falta de compromisso com a verdade, coerência política e histórica, não tenho alternativa, senão pedir minha desfiliação deste partido que nem de longe representa mais os anseios do povo. Infelizmente o PT se tornou o que mais temíamos antes, apenas mais um partido igual aos outros e desta triste história eu me recuso a fazer parte, pois tenho, embora pequeno, um nome a zelar e como diz o Salmo 1 eu não me sento na roda dos malfeitores, pois é assim que vejo hoje o PT, um partido malfeito, em que seus membros se preocupam apenas em se manter no poder, custe o que custar. Sinceramente de um projeto deste, eu me recuso a fazer parte.
Quem jamais lutou por este partido e nem nunca votou em Lula, hoje apenas por circunstâncias e conveniências está à frente de tudo e quem deu a vida para ver o PT em Banzaê se quer foi consultado para as decisões equivocadas que foram tomadas para esta eleição. Vou orar ao Deus todo poderoso, que Ele em sua imensa bondade, dê a este partido uma lição histórica para nunca mais ninguém ousar a brincar com os anseios do povo.
Tristemente finalizo esta carta, desejando de coração que o PT reencontre o caminho para o qual foi concebido.
Atenciosamente,

Varneci Nascimento
Historiador e Escritor

domingo, 2 de setembro de 2012

Cordel A MÃE ABANDONADA




Um drama vivido por uma mãe abandonada, agora ganha o seu formato em cordel. Uma história que nos remete a reflexão sobre uma dura, mas verdadeira realidade a que muitas delas são relegadas pelos filhos. Este cordel ganha sua segunda edição. Abaixo estão as primeiras estrofes:

O valor de uma mãe
Presente caro não paga
Ouro nenhum lhe compensa
Ferrugem jamais estraga,
O amor de dez mulheres
Não preenche a sua vaga.

O carinho dessa figura
É algo tão valioso
Que salva um f ilho perdido
Acalma o outro nervoso
Abranda o f ilho valente
E transforma o orgulhoso.

Qualquer um bebê faminto
Quando a mãe bota no colo,
Ver-se a calma instantânea
Se ela canta um arrolo,
Cochichando em seu ouvido:
“Bebezinho eu te consolo”.

Mas a história que eu
Resolvi contar ao mundo,
É algo que nos revela
Como um filho iracundo,
Pode ser para uma mãe
Tão abjeto e imundo.

Após ler este exemplo
Espero que cada filho,
Repense duzentas vezes
Antes de pôr empecilho
Na vida de quem cantou
Pra você um estribilho.

Mais informações entre em contato com a Luzeiro
(11) 5585-1800