quinta-feira, 27 de novembro de 2025

POESIA ALIMENTA A ALMA E DESPERTA O INTELECTO

 









Escrever é uma tarefa complexa e quem se propõe a fazê-lo, deve se preparar lendo, para oferecer aos seus leitores e leitoras o melhor. Este melhor virá somente através da leitura. No ano que se encaminha para o ocaso, publiquei treze obras, entre livros e folhetos, um ano prolífero, sem contar os escritos que não foram lançados. Abaixo segue a lista das publicações:

O amor vence o racismo?

O misterioso dragão da encruzilhada

Pergunta idiota, tolerância zero Vol. 3;

Cagada Bolsonarenta;

A chegada do papa Francisco no céu;

Vidas negras importam;

Meus privilégios de branco;

O que é patriarcado?;

O que é machismo?;

A chegada de Mujica no espaço sideral;

Vi papai reclamando da secura;

Decolonialidade: o que é?;

O que é capacitismo?

Procurei escrever temas que dialoguem com a sociedade, que nos últimos tempos atravessa momentos conturbados, portanto carente de que os poetas coloquem o dedo na ferida para denunciar tudo quanto nos incomoda. A poesia deve estar presente em todas as discussões, tendo em vista que cada poeta é um agente da palavra apto a expressar naquilo que escreve, os anseios sociais mais legítimos. Viva a poesia. Quem quiser valor fortalecer nosso trabalho é só chamar.

 

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domingo, 23 de novembro de 2025

ESCRITAS RETIRANTES: DE ONDE VÊM ESSAS LITERATURAS?

 





 Hoje foi dia de compartilhar com as amigas @evania.vieira.poeta e @casa_do_silencio mediado por @nivaldobrito na Biblioteca da @casa27 no Parque Grajaú um pouco das nossas experiências e escrivivências. É sempre salutar falar de poesia e contar um pouco de nossa trajetória para pessoas que procuram beber em fontes que irrigam o mundo com palavras reunidas com o desejo de mudar o mundo.

Participar da FestaLI (Festa do livro) nos proporcionou contar como começamos a vida de escritores e como vencemos as dificuldades que teimam em aparecer no caminho de qualquer profissional. Nossos caminhos foram atapetados por suor, lágrimas e algumas vezes pela vontade de desistir, porém o sonho se tornou robusto e nos impulsionou a seguir em frente, provando-se maior do que nós mesmos.

Nossas escritas vêm do Ceará, Pernambuco e Bahia, e cada uma traz as marcas de nossas lutas, coroadas pela verdade que acompanha a quem não desiste e alimenta o sonho que se torna coletivo. Quem nos ler, logo percebe uma escrita potente e pujante, capaz de tocar mentes, almas e corações daquelas e daqueles que buscam na literatura, o vigor para fortalecer sua luta e seguir em frente. Obrigado a todos vocês pela festa literária de hoje.

 

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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

O RACISMO E O AMOR SÃO SENTIMENTOS DE HUMANOS - Waldeci Ferreira Chagas

 


O racismo por mais desumano que seja, é um sentimento/comportamento manifestado por seres humanos, ou seja, é praticado por um ser racional chamado homem e mulher que pensa, estuda e tem acesso ao conhecimento científico.

Portanto, o racismo não decorre da falta de conhecimento, é produto de um tipo de conhecimento colonial, cujos pensadores a serviço do poder e do capitalismo propagaram a ideia de que a humanidade é composta de uma raça branca superior e outra negra inferior, e se utilizam dessa condição para discriminar as pessoas negras a quem os pensadores colonialistas consideraram inferior.

A prática desse comportamento contra a pessoa negra ainda é recorrente no século XXI, e denota o quanto as sociedades, por mais evoluídas que sejam consideradas, não superaram a compreensão dos brancos como superior e dos negros como intelectualmente inferior, o que faz com que a pessoa negra na sua maioria ocupe os espaços sociais menos qualificados e no mercado de trabalho exerçam funções e profissões socialmente desprestigiadas. É preciso olhar a sociedade sem hierarquizar os sujeitos em superior e inferior. Olhá-los como capazes.

Logo, se apresenta estranho aos olhos da sociedade quando uma pessoa negra está num lugar de poder e de prestígio social. Geralmente uma pessoa negra no lugar de poder não é enxergada como normal, e ainda se questiona sua capacidade para estar em tal lugar. Esse tipo de comportamento denota o quanto a sociedade brasileira é racista, à medida que não se incomoda com o contrário, ou seja, o fato de a maioria negra no Brasil ocupar os espaços periféricos destituídos de condições de existência humana e exercer no mercado de trabalho as funções menos remuneradas. A sociedade trata como natural, e normaliza essa e outras condições atribuídas a pessoa negra, a exemplo da morte de jovens negros decorrente da violência policial.

Por sua vez, o racismo além de impedir a pessoa negra de ocupar os espaços de poder de decisão e elaboração de políticas públicas, atinge também as relações interpessoais e afetivas, o que amplia o raio de desumanização e faz com que em algumas famílias brasileiras o casamento interracial ainda seja visto de modo atravessado, ou como um problema que só com o tempo será resolvido com o rapaz negro ou a moça negra demonstrando para a família da moça branca ou do rapaz branco com quem se casou a sua capacidade e competência.

Comumente famílias brancas formulam respostas das mais diversas naturezas com o intuito de explicar o relacionamento do/a filho/a branco/a com uma pessoa negra. As respostas são as mais positivas possíveis e funcionam como uma espécie de compensação e justificam o relacionamento interracial, de modo que seja aceito/aprovado pela sociedade

Geralmente famílias brancas recorrem ao fato de a pessoa negra com quem seu filho/a casou ser um profissional competente e bem-sucedido. O fato é que as famílias brancas ainda recorrem a um atributo positivo da pessoa negra que justifique ela se casar com seu filho/a branco/a, o que funciona como compensação. Ele é negro/a, mas é médico/a, é doutor/a.

Esse tipo de comportamento é uma evidência de que a sociedade brasileira ainda não superou o racismo, o que faz com que nem mesmo o amor de uma pessoa negra por uma branca e vice-versa seja suficiente para superá-lo. Tal comportamento é o que o escritor Varneci Nascimento discute, quando na sua obra, questiona o/a leitor/a “O Amor vence o Racismo?” Com tal título e questionamento, o escritor possibilita ao/a leitor/a discutir e compreender sobre tema tão árduo e duro, mais ainda recorrente na sociedade brasileira, e que há quem insista fazer vistas grosas.

Disse o sociólogo Florestan Fernandes que o Brasil tem preconceito de ser preconceituoso, o que faz com que não admita a realidade dos fatos, enfrente-o e supere. Na obra “O Amor vence o Racismo?”, Varneci Nascimento, escancara a realidade, rasga o verbo e possibilita ao leitor/a através do cordel enxergar o quanto o racismo está entranhado no cotidiano da sociedade, e como ele se manifesta, ainda que seja comum pessoas afirmarem que não são racistas. Basta uma pessoa negra ousar integrar-se a família branca pela via do matrimonio que as relações mudam de tom e de tratamento.

O escritor e poeta Varneci Nascimento recorre a força da literatura de cordel, cuja linguagem possibilita a todas as pessoas, independente de escolaridade compreenderem o fato narrado, visto que no cordel, ainda que os versos se transformem em palavras escritas em papel, são também musicais, pois vem do íntimo de quem o produz, e está diretamente relacionado as coisas da vida. Ficção? Pode ser, mas o fato narrado/cantado/versado é pura realidade vivida.

O racismo na narrativa ficcional é real. O enredo do romance entre Cecilia, uma moça branca e João Batista, um rapaz negro, que se apaixonam e resolvem levar adiante tal relacionamento fundamentado no amor, ainda que seja uma criação de Varneci Nascimento, diz sobre a realidade brasileira. Assim tal escritor/poeta revela o modo como enxerga a sociedade em que vive.

No Brasil é comum mulheres brancas contarem histórias dos infortúnios sociais que enfrentaram porque se enamoraram de homens negros, enfrentaram pais violentos e machista, assim como a sociedade patriarcal e foram viver seus amores em preto e branco.

Desta feita, na obra “O Amor vence o Racismo?”, Varneci Nascimento, escancara outro mal da sociedade moderna contemporânea, o patriarcalismo, e sua relação com o machismo, e racismo e nos mostra como esse trio anda junto e insiste em se perpetuar, à medida que mulheres ainda são submetidas as normas sociais estabelecidas pelos homens brancos.

Até quando essa tríade comportamental se manterá? Não se sabe, mas sabe-se que mulheres tem ousado e desafiado e enfrentado a sociedade e construído novos padrões de comportamentos, paradigmas, novas possibilidades de amar, viver e ser feliz, e assim tem destruído esse trio que insiste em se manter. Certamente muitas Cecília tem feito isso Brasil a fora, muitas existiram e existirão, assim como muitos escritores/poetas/artistas que recorrem a arte para escancarar os males que a sociedade insiste varrer para debaixo do tapete e continuar recebendo os convidados na sala de visita como se nada de ruim existisse.

O racismo é maléfico, adoece, aprisiona e mata, o amor, aproxima, é saudável, liberta e cura. É isso que a obra “O Amor vence o Racismo?”, de Varneci Nascimento nos ensina.

Para saber mais sobre o livro, clique abaixo.

https://varnecicordel-com-br.lojaintegrada.com.br/o-amor-vence-o-racismo

 

 

FESTALI (FESTA DOS LIVROS)

 


No próximo domingo, a partir das 15:00 horas participarei da FestaLi (Festa dos Livros): uma celebração da palavra falada e escrita nas periferias da cidade de São Paulo! Será um evento maravilhoso organizado por @nivaldobrito e @doutoradinha e aberto a todos os públicos. É só chegar e participar.

 

É bate papo e cordel

Tudo no mesmo lugar

As escritas retirantes

Com gosto vamos mostrar

E também o que fazemos

Pra gente continuar.

 

Roda: Escritas Retirantes: de onde vêm essas literaturas?

O papo será com:

@evania.vieira.poeta

@casa_do_silencio

Mediação: @nivaldobrito

 

Programação

DATA: 23/11/25 

HORA: 15:00

LOCAL:Pagode da 27

 

R.Manuel Guilherme dos Reis, 500 – Parque Grajaú, São Paulo – SP, 04842-280

 

domingo, 16 de novembro de 2025

SEMEAR POESIA POR MEIO DO CORDEL

  








No último sábado 15/11/25 participei do XXIV Encontro dos Cantadores de Histórias, organizado pela poetisa @cleusasantooficial e, na oportunidade lancei o livro O AMOR VENCE O RACISMO?

Esta obra teve a primeira edição publicada em folheto pelo governo da Bahia, quando ganhei um concurso nacional de cordel no ano de 2005, ainda um inexperiente cordelista, com três anos de atuação na área. O tempo passou, melhorei, estudei e por fim, o cordel se consolidou como profissão e a literatura como missão. Agora relancei o texto no formato de livro com a história revista e ampliada, ilustrada pelas mãos criativas de Josafá de Orós, um artista de grande experiência.

Agradeço a todas as pessoas que foram prestigiar o evento no Centro de Referência da Dança, porque lançar um livro é sempre um motivo de alegria e de esperança de que nossa escrita chegue ao maior número possível de leitoras e leitores. Este gênero literário cada vez mais se consolida como forma poética brasileiro que tem encantado gerações.

 

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terça-feira, 11 de novembro de 2025

LANÇAMENTO EM ENCONTRO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS

 


 

No próximo sábado, a partir das 14:30, participarei de mais um encontro dos cantadores de histórias sob a coordenação da poetisa Cleusa Santo que há tempos faz um trabalho digno de premiação com a melhor idade, porque, ao certo, tem evitado a solidão, a depressão e outras coisas que ferem a alma e o coração das pessoas mais experientes.

Neste evento lançarei o livro O AMOR VENCE O RACISMO? Escrevi esta obra nos primórdios da carreira como cordelista, ganhei um concurso nacional promovido pelo governo do estado da Bahia. Recentemente revisitei o texto, ampliei e melhorei para ser lançado agora, ilustrado pelas imagens de Josafá de Orós, um artista que tornou a obra ainda mais agradável.

O romance é ambientado na cidade de Banzaê, minha terra natal, onde existe três povos quilombolas. Nada melhor do que falar de minha aldeia. O tema do racismo continua em voga, e no mês da Consciência Negra, precisamos ainda mais debatê-lo, tendo em vista que ele prossegue fazendo vítimas neste país inteiro. Não é por acaso que a bala perdida encontra sempre um corpo negro, que as posições de lideranças lhe negam oportunidades, que nos empregos tidos com menos importantes, os negros tem suas vagas garantidas. Os racistas normalizam esta ignomínia, os antirracistas veem nisto tudo as marcas da casa grande, fazendo de tudo para manter as senzalas.

Quem estiver disposto a escutar boas histórias, bate papo e ainda tomar um café gostoso, basta se achegar no Centro de referência da dança, na Praça Ramos de Azevedo, sn, Anhangabaú, a partir das 14:30 horas, no próximo dia 15/11/25.

 

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sábado, 8 de novembro de 2025

CORDEL NO TERMINAL RODOVIÁRIO DO TIETÊ

  














São incontáveis o número e os locais de saraus que participei, mas o Sarau dos Conversadores está acontecendo em um ponto emblemático da maior metrópole da América Latina, o Terminal Rodoviário do Tietê, a porta de entrada de milhões de pessoas para arriscar a existência na Pauliceia Desvairada.

Há 38 anos, quando tinha 9 anos, foi por este portão que pisei em solo paulistano pela primeira vez, era o dia 20 de dezembro de 1987, saímos de Ribeira do Pombal na sexta feira e gastávamos os famosos três dias para chegar a capital bandeirante. Pisar neste lugar, que recebeu tanta gente, para dizer poesia, confesso que foi diferente, mesmo acostumado aos mais diversos palcos. É impossível entrar naquele ambiente e não me lembrar dos milhões de nordestinos que entraram iludidos e viram o estrago que a desilusão pode causar na vida duma pessoa.

Muitos também encontraram o que buscavam nesta cidade, não sem antes provar o fel que é ser imigrante em uma megalópole como São Paulo. Recitei A DOR DE UM IMIGRANTE, poema do meu livro Para refletir e gargalhar. O Sarau dos Conversadores, acontecendo neste local, é um bálsamo para quem está indo ou chegando e, são recebidos com o afago dado pela poesia, uma música, uma história, um alento para os viajores brasileiros ou quem vai se embrenhar pelas ruas e vielas desta capital.

 

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