Todos os anos, entre dezembro e janeiro, estou aqui
no Nordeste passando uns dias com a outra parte da família que reside neste
pedaço do Brasil e aonde nossa história familiar começou. Vocês que me conhecem
nas redes sociais, acompanham as brincadeiras que faço com os meus dois irmãos Jonas
e Afonso. Procuro colocar leveza, porém apesar disso, a questão cibernética merece
uma reflexão séria. Até 2023 Afonso não tinha celular, uma raridade em nossa época,
mas ano passado, no mês de novembro ele comprou seu primeiro aparelho e houve
uma mudança drástica no seu comportamento, porque está se adequando aos meninos
de sua idade que possuem celular. Percebo em pouco mais de dois meses, uma mudança
drástica em seu comportamento: palavras que não dizia, dancinhas que jamais
fez, expressões inadequadas para a sua idade, enfim uma série de práticas que
em 2023 parecia impensável para inocência de uma criança como Afonso. Ao tempo
que brinco, também espero provocar alguma reflexão sobre a necessidade de os
pais serem mais vigilantes no controle do uso do celular pelos seus filhos. Meu
pai com 81 anos não tem condições de acompanhar os acessos das crianças na internet,
como sei que há tantos pais que podem e sabem, mas não fazem. Olhando a partir
deles três, porque tem uma irmã que não aparece nos vídeos, vejo a importância de
se ter uma vigilância maior sobre o uso das redes sociais e dos sites. Felizmente
uma lei agora poderá ser um alento para os educadores deste país e quem sabe possamos
aumentar nossa esperança.
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