São incontáveis o número e os
locais de saraus que participei, mas o Sarau dos Conversadores está acontecendo
em um ponto emblemático da maior metrópole da América Latina, o Terminal Rodoviário
do Tietê, a porta de entrada de milhões de pessoas para arriscar a existência
na Pauliceia Desvairada.
Há 38 anos, quando tinha 9 anos,
foi por este portão que pisei em solo paulistano pela primeira vez, era o dia
20 de dezembro de 1987, saímos de Ribeira do Pombal na sexta feira e gastávamos
os famosos três dias para chegar a capital bandeirante. Pisar neste lugar, que
recebeu tanta gente, para dizer poesia, confesso que foi diferente, mesmo acostumado
aos mais diversos palcos. É impossível entrar naquele ambiente e não me lembrar
dos milhões de nordestinos que entraram iludidos e viram o estrago que a desilusão
pode causar na vida duma pessoa.
Muitos também encontraram o que
buscavam nesta cidade, não sem antes provar o fel que é ser imigrante em uma megalópole
como São Paulo. Recitei A DOR DE UM IMIGRANTE, poema do meu livro Para refletir
e gargalhar. O Sarau dos Conversadores, acontecendo neste local, é um bálsamo
para quem está indo ou chegando e, são recebidos com o afago dado pela poesia,
uma música, uma história, um alento para os viajores brasileiros ou quem vai se
embrenhar pelas ruas e vielas desta capital.
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