Passei os últimos quinze dias de novembro entre Natal e Recife, de onde retornei para São Paulo ontem. No chão potiguar de 14 a 16, participei do 8° CÍRCULO NATALENSE DO CORDEL, um evento que já faz parte da programação cultural da cidade, embora o poder público não tenha reconhecido isto. Independentemente de apoio ou não, a programação acontece todo ano para marcar a presença do cordel brasileiro na capital potiguarina. Sabemos que semear, cultivar e regar os valores culturais demanda tempo, paciência e dinheiro, este último quase sempre escasso para a realização de um evento como este, que busca incluir poetas e pesquisadores de todos os cantos do Brasil e com posicionamentos dos mais variados.
Voltei cheio de esperança, vendo como o Círculo
progrediu ao longo dos anos, aumentou o público, as discussões diversas, dialogando
com diferentes segmentos culturais da cidade. O ponto de Memória @estacaodocordel
se consolida como espaço agregador porque aberto a acolher todas as manifestações
culturais que toparem dialogar sobre o fazer artístico. Presenciar seu progresso
liderado por @nandopoeta e ajudado por tantas pessoas que se dispõem a estender
as mãos para tornar possível a realização de um evento daquela magnitude,
acalenta a alma. O cordel atinge pessoas que ainda o desconhecem no grande jardim
cultural nacional, enfeitado de cores, alimentados pela alegria, uma marca indelével
do nosso povo. Que venham mais círculos como este para oferecer a possibilidade
de diálogo profundo e prolífero sobre o nosso fazer poético literário.
Agradeço o acolhimento das/os poetas, o carinho com
que me tratam, a troca de experiência, os presentes recebidos, ganhei cordel para
ler durante o próximo ano. Lerei cada exemplar com o máximo carinho. Sabemos que
livro ganhado, o risco de não ser lido é imenso, porém nunca deixei um dos que
recebo, da lavra poética que milito, sem lê-lo.
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