Se a primeira mulher a publicar cordel, Maria das Neves
Batista Pimentel, lançou com o nome do marido, agora as mulheres do cordel
propagam o nome dessa poetisa por todos os cantos, para que se torne cada vez
mais conhecida e mostre que o machismo não pode continuar dando as ordens, em
um mundo, cuja igualdade de gênero é urgente.
O grupo de mulheres cordelistas na Pauliceia Desvairada
se destaca tanto pela ousadia, como pela produção de vanguarda, juntando tradição
e modernidade. Elas criam selos editoriais, participam de feiras, de saraus,
estudam, buscam cada vez mais o aprimoramento e a propagação do cordel, derrubando
barreiras e levando este gênero literário brasileiro aos mais variados espaços.
Onde não entram convidadas se impõem pela relevância.
Sinto-me feliz e representado por estas poetisas que honram
o cordel e buscam sua mais integrá-lo a literatura brasileira. Neste encontro
promovido dentro do evento de O PODER DO CONTO, ficou ainda mais pujante e
pulsante o quanto elas, como diz Cleusa Santo “não vieram para brincadeira”. Viva
as mulheres com sua sensibilidade e poesia para enriquecer a nossa literatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário