Conheci o cordel lendo os folhetos da Editora Luzeiro, feitos com capa colorida, tamanho 18 por 13,5 cm, diferente daquele menor, em sua maioria sempre preto e branco. Papai comprava-os na feira de Ribeira de Pombal, na Bahia, deste modo esta literatura povoou meu imaginário. O fato dele escrever me inspirou a compor os primeiros versos ao seu lado, depois encontrar o caminho sozinho, tendo em vista que parti de casa, fiquei sem o companheiro de escrita, daí tive de me virar sozinho. Em 2001 lancei a primeira obra, trilhei por veredas, enfrentei espinhos, até as portas da Luzeiro se abrirem para mim, em 2006. Nesta época já tinha vendidos cerca de 20 mil exemplares.
A importância dessa casa
publicadora era grande ao ponto de os poetas entenderem como grande, qualquer
autor publicado por ela. Considerei uma conquista enorme ter O MASSACRE DE
CANUDOS lançado pela mais respeitável editora de cordel do Brasil. Tive a notícia
de que o cordel seria publicado através de Marco Haurélio, ainda no último ano
de faculdade. A impressão foi feita em 2007, e eu já residia aqui em São Paulo.
Lego fui conhecer o editor Gregório Nicoló, e daí por diante nossa amizade
cresceu ainda mais.
Ao pegar o folheto em mãos foi uma
emoção indescritível, finalmente era publicado por uma editora que não precisei
gastar nada, recebi o direito autoral, a chamada conga. Como era praxe no meio cordelístico,
vendi a obra para esta casa publicadora. Canudos sempre foi um assunto
relevante, daí foi parar nãos páginas da Caros Amigos através do jornalista
Nicodemus Pessoa. O folheto deu tão certo, que depois Gregório resolveu lançá-lo
no formato de livro, provando a pujança que a poesia cordeliana vinha ganhando
nos anos 2010. Canudos continua ainda desconhecido para muitos e precisamos de
novos olhares sobre esta página da história brasileira.
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