segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A MORTE E A JUSTIÇA

Esse cordel “A MORTE E A JUSTIÇA” surgiu a partir das notícias constantes em que a gente ver pessoas pobres serem encarceradas, porque roubou uma galinha para comer, e quem tira milhões de reais do erário público, que poderia se transformar em tantos benefícios para o povo, não lhe acontece nada. Não tem ninguém preso pelo mensalão, máfia da ambulância, desvio de dinheiro de toda sorte. Um pobre se é preso, mesmo inocente, até que prove a não culpabilidade ficará anos presos. Ver-se casos assim todos os dias, e uma boa parcela de juízes não tomam vergonha na cara. O cordel busca fazer uma comparação entre a justiça da morte que não poupa ninguém e a justiça da morte que é branda apenas com os ricos canalhas deste país. A gente sabe que quem tem dinheiro não fica preso no Brasil, o que não falta é juiz e advogado bandido disposto a engordar suas poupanças.

Quem muito anda na terra
Precisará de transporte
De bastante energia
Pra que o cansaço suporte
Mas, quem vai dessa pra outra
Irá nos braços da Morte.

Não tem fraco, não tem forte
Ela não escolhe a quem
Quando resolve levar
Leva sem poupar ninguém,
Não deixa um que mereça
Nem leva porque convém.

Daqui para o além
O seu transporte é seguro
Conduz amadurecido
Bem como o imaturo
Por isso, pra todos nós,
É o mais certo futuro.

Seja no claro ou escuro
Não tem hora para agir
Ceifa em um só segundo
É rápida pra demolir
Gigantes que demorou
Décadas pra se construir.

AQUI ESTÃO AS PRIMEIRAS ESTROFES DO CORDEL. SE QUISER LÊ-LO NA ÍNTEGRA ADQUIRA ATRAVÉS DO E-MAIL: varnecicordel@yahoo.com.br

domingo, 24 de fevereiro de 2008

CORDELISTA ABRINDO SEMANA PAULO FREIRE


No ano 2001, após o lançamento do primeiro cordel DOM MÁRIO ZANETTA: PASTOR, AMIGO E IRMÃO, o poeta Varneci Nascimento foi convidado pela professora Maria Cecília para escrever um cordel biográfico sobre Paulo Freire e abri a Semana de Estudo em sua homenagem em São Paulo.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

CAROS AMIGOS FALA DE CORDÉIS DE ARIEVALDO E VARNECI


A Literatura de Cordel é sempre dinâmica e passeia pelo romance, o mundo do encantamento, da bravura, do cangaço, religioso e não poderia faltar o gracejo. A revista Caros Amigos fala dos cordéis DISCUSSÃO DE SEU LUNGA COM UM CORNO, de Arievaldo Viana, poeta cearense, e de UM CORNO PARA CADA DIA DO MÊS, de Varneci Nascimento, poeta baiano.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

BANZAÊ COMEMORA 19 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA


Domingo dia 24 de fevereiro
Banzaê situa-se no nordeste da Bahia, compondo a região de Planejamento do Nordeste e a Região Administrativa de Cipó, como também a micro região homogênea de Ribeira do Pombal, possuindo uma área de 221 Km².Limitando-se com os municípios de Cícero Dantas ao norte, Ribeira do Pombal a leste, Tucano ao sul e Quijingue a oeste, localiza-se a uma distância de 296 Km da capital do Estado e a 42 Km do município de Ribeira do Pombal. Tem a sede as coordenadas geográficas: Latitude 10º35´ sul e Longitude 38º37` e encontra-se a uma altitude de 350m.Foi criado pela Lei Estadual n. 4.485 de 24 de fevereiro de 1989, publicada no Diário Oficial de 25 de fevereiro de 1989. Em 1990, o Governo Federal, através da Presidência da República, reconhece as terras do aldeamento Kiriri como de ocupação tradicional e permanente indígena, sendo a demarcação finalmente homologada através do Decreto nº 98828 de 15 de janeiro de 1990.Banzaê, palavra de origem Iraniana, era o sobrenome do primeiro morador que se chamava Zé Banzaê.
Entretanto no que no passado foi um pequeno vilarejo originado de viajantes e mercadores que saíam do estado de Sergipe com destinos as cidades do sertão baiano acabavam descansando-se a beira de uma árvore chamada pau – ferro, originando-se ali em 1910 uma feira por nome Feira do Pau abastecendo para abastecer com seus produtos os moradores das redondezas.Os primeiros moradores o Srº Ricardo Ferreira um tropeiro mercador com seus familiares e o Srº Vicente Gouveia um escravo alforriado e um caboclo por nome Zé Banzaê que residia na Fazenda Lagoa de Dentro que fica a 2 Km de distância decidem morar naquela localidade e assim formando o pequeno vilarejo. O nome do vilarejo originou – se porque as pessoas costumavam dizer que iriam a terra de Zé Banzaê, que depois ficaria Banzaê. E assim crescia o número de moradores naquele vilarejo, que se tornou povoado e posteriolmente cidade.

MAIS DOIS FOLHETOS DA COLEÇÃO POPULAR DA LUZEIRO


Com um pé na tradição e outro na atualidade, a Editora Luzeiro traz a lume mais dois títulos em sua COLEÇÃO POPULAR: A FESTA DOS BICHOS OU AS AVENTURAS DE UM PORCO EMBRIAGADO é um clássico da autoria de Firmino Teixeira do Amaral, o mesmo do brilhante A PELEJA DO CEGO ADERALDO COM ZÉ PRETINHO DO TUCUM (também publicada pela Luzeiro). A IDADE DO DIABO, de Marco Haurélio, chega à terceira edição, numa prova inconteste que as narrativas baseadas em contos populares não perderam a evidência no cordel. Integra o Ciclo do Demônio Logrado, na classificação do mestre Câmara Cascudo. As duas obras contam com belas xilogravuras de Nireuda. Pedidos:
EDITORA LUZEIRO Fone: (11) 5585 1800 E-mail: vendas@editoraluzeiro.com.br

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

MAIS LANÇAMENTOS DA LUZEIRO

A EDITORA LUZEIRO relança A BRIGA DO MAJOR RAMIRO COM O DIABO, de Marco Haurélio, na COLEÇÃO POPULAR DE LITERATURA DE CORDEL. Na mesma Coleção, foi editado o folheto A MORTE E A JUSTIÇA, de Varneci Nascimento. Os dois poetas, baianos, pertencem à nova geração de vates populares.
A Literatura de Cordel vem se destacando muito em todo país, e tem contribuído imensamente com a educação, a nível fundamental e médio como no ensino superior, pois o vem sendo tema de monografias, dissertações e teses de doutoramento. O país já começou a reconhecer que a cultura popular, também tem seu espaço. http://www.editoraluzeiro.com.br/ Acesse também http://fotolog.terra.com.br/editoraluzeiro

CORDÉIS DA LUZEIRO EM DESTAQUE NA CAROS AMIGOS


A revista CAROS AMIGOS, do mês de dezembro, na coluna DE REPENTE, assinada pelo jornalista paraibano NICODEMUS PESSOA, faz referências a duas obras em poesia popular editadas pela Luzeiro: O MASSACRE DE CANUDOS, de Varneci Nascimento, e ANTÔNIO CONSELHEIRO E A GUERRA DE CANUDOS, de Minelvino Francisco Silva (1926 - 1999). O baiano Minelvino é um dos grandes poetas da tradição cordeliana, muito apreciado pelo público. Seu título mais procurado é a HISTÓRIA DO VALENTE JOÃO ACABA-MUNDO E A SERPENTE NEGRA, um clássico das estórias de encantamento. Varneci, nascido em Banzaê, Bahia, em 1978, é um dos grandes valores da nova geração de poetas. Atualmente, colabora no editorial da Luzeiro. Ministra palestras e realiza oficinas sobre Literatura de Cordel e é graduado em História pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB. Os dois títulos fazem parte da Coleção Luzeiro: http://www.editoraluzeiro.com.br/




terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

JORGE AMADO: O AMADO DO BRASIL

Esse cordel foi escrito no ano 2001 assim que o escritor baiano morreu. Ficou por algum tempo engavetado, depois procurei a Secretaria de Cultura da Bahia e eles toparam fazer a publicação do mesmo. Após publicado mandei um exemplar, para Zélia Gattai esposa de Jorge Amado, e ela me mandou um cartão muito gentil, agradecendo pela singela homenagem.

Jesus eu longe de ti
Em nada me esperto
O lugar mais habitado
Sem você vira um deserto
Mas, o lugar mais longínquo
Com o Senhor fica perto.

Daí logo no início
Peço tua sublime ajuda
Antes que venha o aperto
Por bondade me acuda
Pra um minúsculo poema
Tornar-se coisa graúda.

Senhor manda teu saber
Tua santa inspiração
Para que este cordel
Seja a grande narração
Da história de um homem
Que o Brasil tem paixão.

PLANO DIRETOR DE GUARABIRA

Esse cordel foi escrito para ser usado pela Prefeitura de Guarabira, para ser usado nas discussões de aplicação do Plano Diretor na cidade. O cordel era a base para ser discutido, e implementada as idéias na formatação daquele plano no ano de 2006. Fica o exemplo, para as demais prefeituras, que se quiserem podem usar a cultura popular como objeto de educação e formação do povo.

Assim como alguém planeja
Pra ser médico e professor
Garçom, pastor ou um padre
Engenheiro, agricultor
A cidade é planejada
Com um PLANO DIRETOR.

Toda cidade com mais
De vinte mil habitantes
Deve dotar-se do PLANO
Para atender aos morantes
E suas necessidades
Que são mais determinantes.

O PLANO é quem organiza
O espaço urbanístico
Para evitar o impacto
Muito característico
De cidades como a nossa
Com potencial turístico.
Também dirá onde pode
Uma empresa ser erguida
Para esta e, nem nada
Atrapalhar sua vida
Onde tem problema, o PLANO
DIRETOR acha saída.

CANGAÇO: UM MOVIMENTO SOCIAL

Esse cordel foi classificado no segundo concurso nacional de Literatura de Cordel, promovido pelo Metrô de São Paulo no qual fui classificado na categoria aberta, que escolheu os dez melhores poetas do país e fez a publicação do mesmo e distribuiu para as escolas do Estado de São Paulo.

Deus pai estando contigo
Pra mim, não tem embaraço
Uma orelha fica forte
Mais ou igualmente ao braço
Principalmente se for
Descrevendo o cangaço.

Apesar de esse tema
Ser um tanto complicado
E ter deixado o Nordeste
Bem tristemente marcado
Vou falar de outro aspecto
Este jamais abordado.

Discorrendo tal assunto
Só lembramos de aflição
Porém, ninguém se recorda
Talvez falte informação
Que o mesmo também foi
Algo, contra exploração.

CLEONALDO FREIRE: CORAGEM E TRABALHO

Em 2004 quando ainda residia em Guarabira, escrevi um cordel para um amigo candidato a reeleição para vereador. A política sempre me fascinou, mas só escrevi o cordel porque conhecia o trabalho dele, que sempre foi um vereador atuante e que atendia o povo com a maior presteza.

Venho por este cordel
Dar-lhe uma satisfação
Do meu mandato eletivo,
Ganho na outra eleição
Leia inteiro, amigo e veja,
A minha atuação.

Eu sou Cleonaldo Freire
Mas, me chamam Cleonaldo
Elegi-me sem dinheiro
Agora tenho o respaldo
Dum mandato exercido
O qual lhe apresento o saldo.

Nasci mesmo em Guarabira,
Bairro Santa Terezinha
Mas, sendo eleito, adotei,
Nossa cidade inteirinha
Agir, para não deixar,
A população sozinha.

NOSSO TEMPO EM CORDEL

Durante quatro anos que morei em Guarabira – PB escrevi para o Jornal Nosso Tempo, que todo ano, faz uma festa para premiar aqueles que mais anunciaram no jornal durante o ano e que as pessoas escolheram como o melhor, no ramo que negociam. Por ocasião de uma das festas escrevi e o Ivan Costa editou o NOSSO TEMPO EM CORDEL.

Guarabira há cinco anos
Tem um jornal bom de ler
É chamado NOSSO TEMPO
Atrativo, pode crer,
É jornal de opinião
Que opina pra valer.

Esse Jornal de renome
Ele nasceu bem assim:
No ano noventa e oito
Onde Ivan ouviu um sim
Numa conversa que teve
Com o doutor Villarim.

Ivan disse que sonhava,
Criar um jornal decente
Mas, estava sem dinheiro
Porém, tinha o plano em mente
Doutor Villarim lhe disse:
Crie, prossiga, vá em frente.