segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MAIS MULHERES LANÇAM CORDEL EM SÃO PAULO


Além das poetisas Cleusa Santo e Benedita Dellazari chegou ao meio cordeliano a Eloyr Carré lançando seu primeiro cordel. Eloyr Carré nasceu em Cruz Alta – RS, que mora em São Paulo há alguns anos, o que prova a vitalidade desta arte. Professora que descobriu sua verve poética nas aulas ministradas pela poetisa Cleusa que tem feito um trabalho árduo de divulgação do cordel pela cidade de São Paulo.
Abaixo a sinopse do cordel:
‘‘As fábulas de Esopo influenciaram a literatura e a vida social em todas as épocas. O gênio grego apontou caminhos mais brandos e lúdicos para falar de nossas pequenas doutrinas. Agora, por Eloyr Carré, deságuam no mar de rimas do cordel brasileiro.’’
Mais informações:
16 páginas
ISBN 978-85-7410-122-4
R$ 3,00
Editora Luzeiro (11) 5585-1800

sábado, 27 de outubro de 2012

LANÇADO OS LIVROS EM CAPELA DO ALTO



No último dia 26/10 a Editora Espaço Idea juntamente com a Secretaria de Educação de Capela do Alto - SP encerrou o Projeto Meu Primeiro Livro com o lançamento dos livros e a participação de todos os professores da rede municipal. Foi um sucesso total. O evento foi prestigiado por cerca de quatrocentas pessoas, entre elas o prefeito da cidade Marcelo, que ficou encantado com tudo que foi apresentado. Os alunos que representaram os quase quatro mil colegas, estavam radiantes e seus pais orgulhosos pela participação dos seus filhos nesse projeto ousado e inovador. Ministrei palestra para todos os presentes. Estes eventos estão se tornando um marco para a divulgação do cordel pelo interior de São Paulo.
Na foto o aluno Rafael um dos escritores da noite.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

APONTAMENTOS PARA UMA HISTÓRIA CRÍTICA DO CORDEL BRASILEIRO


Durante os últimos 40 anos os estudos sobre o cordel brasileiro ficaram estáticos. As poucas tentativas de pensá-lo caíram no fácil caminho da repetição. Para muitos esse produto cultural vive paralisado na primeira metade do séc. XX, como um fóssil. Repetem-se os mesmos chavões nos quais ele foi sendo sepultado.

Surge agora, com este volume crítico, um caminho diferente para esses estudos. O autor, respaldado por vasta pesquisa, busca saída para os labirintos que lhe acompanharam desde a infância: terá realmente o cordel vindo de Portugal? Qual a verdadeira relação entre o cordel e o universo dos cantadores repentistas?  É verdade que os cordéis sempre foram vendidos pendurados em um barbante, nas feiras livres? O cordel é poesia brasileira?

Aderaldo Luciano é doutor em Ciência da Literatura e este livro representa uma parte de sua tese de doutoramento na Universidade Federal do Rio Janeiro. Procura responder as perguntas questionando as respostas sempre dadas e apresentando elementos comprobatórios para a formação de um novo olhar sobre o cordel brasileiro, fruto de longos anos de averiguação.

Nota: este livro foi em lançado em parceria com as Edições Adaga:
Mais informações:
96 páginas
ISBN 978-85-66161-00-7
R$ 20,00
Editora Luzeiro (11) 5585-1800
edicoes.adaga@gmail.com

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

EDITORA LUZEIRO LANÇA GABRIELA EM CORDEL



A editora Luzeiro inaugura um novo tempo e coloca em seu catálogo uma das grandes obras escritas por Manoel D’Almeida Filho, um dos mais consagrados autores de cordel. Amigo de Jorge Amado que era, verteu este romance para a linguagem do cordel que agora ganha mais uma edição, enriquecido pelas ilustrações de Walfredo de Brito, o livro traz a apresentação de Aderaldo Luciano:

(...)
Mas eis que resolve escrever em cordel a sua visão da novela Gabriela, cravo e canela, transmitida pela televisão em 1975, adaptada do romance homônimo de autoria de Jorge Amado. Como não poderia deixar de ser, aventura-se pela narrativa longa para apresentar seu filtro sobre a cidade de Ilhéus, seus personagens em conflito e suas mulheres exuberantes, oferecendo o calor de seus seios e a sedução de seus corpos no amor pago, entre as paredes do obsequioso Bataclã. Todos e tudo comandados pela mão de ferro e pelo ferro na mão do poderoso Coronel Ramiro. A história corre solta no estilo precioso do autor cujo narrador, a serviço da boa narrativa, aparteia o leitor sempre que quer mudar a cena observada ou os fatos apresentados.

Mais informações:
96 páginas
ISBN 978-85-7410-123-1
R$ 20,00
Editora Luzeiro (11) 5585-1800

domingo, 14 de outubro de 2012

UM DOS VILÕES DA HISTÓRIA CAI DO CAVALO



A trama que construí no cordel A BESTA DO APOCALIPSE E O AMOR DE AGRIPINO tem um perigoso vilão chamado João Paulo Assunção filho do coronel Boanerges. Ele recebe uma grande lição de Agripino e por conta disso jura o rapaz de morte. No dia de executar sua grande vingança uma tragédia acontece e João Paulo nunca mais será o mesmo.

Cerca de vinte jagunços,
Daqueles dos mais ferozes,
Cada homem de dois metros,
Dispostos, cruéis, atrozes.
Foram contra os Carcarás,
Os desumanos algozes.

No seu cavalo raçado,
Montou, saiu no embalo.
O séquito da calhordisse,
Decidiu acompanhá-lo.
Em velocidade extrema
Viu João cair do cavalo.

O seu alazão robusto,
Disparado na carreira,
Tropeçou, sem perceber,
Na raiz duma aroeira.
João caiu em baixo dele,
Foi enorme a bagaceira.

Desmaiado, quase morto,
Sem a mínima reação
Fraturou pernas e braços,
Machucou seu coração,
Quebrou uma das costelas,
Que perfurou o pulmão.

Grande corte na cabeça,
Fez-lhe perder muito sangue.
Viu-se a fratura exposta,
Quase lhe deixar exangue.
A coluna vertebral,
Quebrada no bangue-bangue.

Totalmente inconsciente,
Teve a visão no sonho:
“Você não irá morrer”
Disse-lhe alguém risonho:
“Porém ficarão sequelas
Deste estrago medonho”.

A ilustração é de Walfredo de Brito
Quem quiser adquirir entre em contato:
Editora Luzeiro (11) 5585-1800


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ILUSTRAÇÕES DE A BESTA DO APOCALIPSE E O AMOR DE AGRIPINO



 Além de contar com o trabalho belíssimo de André Mantoano e Severino Ramos, neste ano de 2012, a editora Luzeiro, através de Aderaldo Luciano, conseguiu arrumar mais um ilustrador, o Walfredo de Brito que tem feito algumas ilustrações e capas para nossos cordéis. Um dos primeiros que ilustrou foi este livro meu intitulado A BESTA DO APOCALIPSE E O AMOR DE AGRIPINO. Aqui a primeira ilustração onde o coronel Boanerges é enfrentado pelo senhor Ferdinando, fato que acontece pela primeira vez.  A história é ambientada na cidade de Banzaê no nordeste da Bahia e já está disposta a venda para todo Brasil na editora Luzeiro e com o próprio autor. Abaixo segue as estrofes que dão vida ao desenho:

Prosseguiu fazendo cerca,
Esticando mais arame.
Topou em seu Ferdinando
Que mesmo avesso a vexame:
— Boanerges, minha terra
Tem dono e quem a reclame.

Sou um cidadão de paz,
Ordeiro, sincero amigo.
Não abraçarei mentira,
Nem fugirei do perigo.
Lutarei pelo que tenho,
Defenderei meu abrigo.

— Se não quer vê-la tomada,
Abra preço sem contenda.
— Coronel digo e repito,
Reflita e me compreenda:
A minha propriedade,
Não está disposta a venda!

Nem tampouco a doação,
Desde já fique sabendo,
Só Deus me tira daqui
Enquanto já estou lhe vendo,
Antes da morte chegar,
Imensas dores sofrendo.

Tudo quanto a gente faz
Na terra contra um vivente
Pagamos antes da morte,
É bom ficar consciente:
Da justiça do retorno,
Não se escapa impunemente.

O senhor fez tanta gente
Lutadora ir à miséria.
A fim de satisfazer,
Seu desejo da matéria,
Adotando essa conduta
Doentia e deletéria.

Saiba, nunca tive medo
Da sua selvageria.
Tampouco dos seus jagunços
Treinados na pontaria.
Encontrarão brevemente
O prêmio da covardia!