terça-feira, 8 de setembro de 2009

TERCEIRO ENCONTRO DA CARAVANA DO CORDEL FOI EMOCIONANTE



















Uma noite histórica

O terceiro ENCONTRO DA CARAVANA DO CORDEL, ocorrido no último dia 5 (véspera de feriado e dia de jogo da seleção brasileira de futebol) contou com um bom público (menor que o das datas anteriores, por razões óbvias, e ainda assim surpreendente).

O momento mais emocionante ficou por conta da homenagem ao poeta baiano Antônio Teodoro dos Santos (1916-1981). Marco Haurélio relembrou a trajetória artística do poeta, com quem afirmou ter uma dívida de gratidão. Maria Lúcia dos Santos, filha de Teodoro, deu um depoimento comovente e afirmou, surpresa, que não sabia que o pai ainda era tão importante. Mostrou um livro didático de história do Brasil no qual um trecho do livreto Vida e Tragédia do Presidente Getúlio Vargas estava reproduzido. Com Maria Lúcia vieram outros familiares do poeta.

Mas a caravana teve outros grandes momentos: sob a batuta de João Gomes de Sá, revezaram-se no palco membros do Movimento, como Varneci e Nando Poeta, que lançaram, recentemente, o cordel Homossexualidade: história e luta, e Costa Senna, que mostrou sua nova composição, o aboio O Sobejo, e sua veia humorística, resgatando trechos do espetáculo Ria Até Cair de Costa.

Para quem gosta de boa música, Eufraudísio Modesto veio acompanhado da excelente cantora Márcia e do violonista Vinicius, que interpretaram o clássico Arrumação, de Elomar. Cacá Lopes mostrou porque veio para ficar no mundo cordelístico, e Moreira de Acopiara declamou seu premiado folheto O Nordeste é meu Lugar. Outros autores presentes foram Benedita Delazari, Cleusa Santo, Pedro Monteiro, Francis Gomes (de Suzano) e Cícero Pedro de Assis, que declamou seu poema O Suicídio. Ressalve-se também a presença do diretor da Luzeiro Gregório Nicoló, de sua esposa D. Gilda, além das folheteiras Mazé, Lucélia e Everilda e do grande colaborador Sann Mendes.

Fechando com chave de ouro, Evânio Teles, em grande performance teatral, recitou os versos do megaclássico A Chegada de Lampião no Inferno, de Zé Pacheco.
Fonte: Texto de Marco Haurélio

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