Neste dia 6 de março, excepcionalmente, a atividade da Caravana do Cordel tem novo endereço e horário. Será às 15:00h na Livraria da vila, Al. Lorena, 1731, Jardins, e marcará também, mais um importante passo em sua trajetória de sucesso, desta vez, participando maciçamente, do lançamento do livro infantil Alice no País das Maravilhas, do seu caravaneiro João Gomes de Sá. Este evento contará também, com a participação do grande poeta repentista e violeiro SEBASTIÃO MARINHO.
João nesta obra revisita o universo mágico criado pelo escritor britânico Lewis Carroll. Esta versão em cordel vem enriquecida com ilustrações do conceituado artista plástico Marcos Garuti.
Abaixo trechos da apresentação:
Alice no País das Maravilhas tornou-se, desde o seu lançamento, em 1865, um grande clássico da literatura infantil. Seu autor, o inglês Charles Lutwidge Dodgson, usou o pseudônimo literário Lewis Carroll. Sua obra principal, sucesso imediato e retumbante, chegou às mãos da rainha Vitória, da Inglaterra, que fez questão de conhecer as demais obras do autor. Antes de Alice, Dodgson escrevera apenas tratados de Matemática.
A história, ao longo de mais de um século, foi adaptada várias vezes para o cinema. Virou filme de animação dos Estúdios Disney em 1951.
O cineasta Tim Burton dirigiu uma versão excêntrica, que estreou em 2010. A primeira adaptação, no entanto, foi um filme mudo rodado no Reino Unido em 1903.
(...)
Alice em cordel
João Gomes de Sá, um dos mais respeitados cordelistas da atualidade, é o autor da versão em cordel de Alice no País das Maravilhas. O poeta, atento às soluções criativas do texto original, reconstruiu algumas situações, emprestando características nordestinas à protagonista, aos personagens e cenários. O início já dá uma amostra do que vem a seguir: Alice, em perseguição ao Coelho Branco, não cai num poço, mas numa cacimba encantada”. O Gato de Cheshire ou Gato Risonho, mesmo conservando o dom da invisibilidade, é um típico repentista nordestino.
Para compor o personagem, João se inspirou no cantador paraibano Sebastião Marinho. Alice ainda encontra, na estranha terra, maravilhas que remetem ao clássico cordel ‘Viagem a São Saruê’, do poeta paraibano Manoel Camilo dos Santos (1905-1987). A estrofe, reproduzida abaixo, mostra essa fusão:
Por lá viu rios de leite,
Montanhas de goiabada,
Castelos de rapadura,
E árvores de marmelada.
Suspirou muito porque
Somente em São Saruê
Tal riqueza era encontrada.
O Chapeleiro Louco, personagem de grande importância no original de Carroll, tem, aqui, “O mesmo céu estrelado/ Do chapéu de Lampião”.
Na versão do nosso cordelista, os tacos-flamingos e as bolas-ouriços do jogo disputado entre a Alice e a Rainha de Copas se transmutam em seriemas e tatus-bolas, animais da fauna brasileira.
Mais informações:
http://www.novaalexandria.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário