No último sábado, 10/09/24 participei da 10ª @felizs (Feira Literária da Zona Sul), que reúne várias escritoras e escritores na Praça do Campo Limpo, após uma semana de atividade pelas escolas da região. De repente chegou a jovem Mayara Luzia @mayllcruz procurando o cordel Coco Verde e Melancia, de José Camelo de Melo Resende e, infelizmente, nenhum de nós cordelistas tínhamos essa obra. Como ela parecia querer muito, perguntei por qual razão procurava tão avidamente por esse clássico, ao que ela me respondeu: “é que minha vó contava para mim, daí tatuei esse cordel em meu braço em homenagem a ela”. Aquela história me comoveu por demais, porque vi no rosto de Mayara o poder que a literatura tem na vida de uma pessoa. Ela tem tanto afeto por esse cordel e pela avó dona Ana, que tatuo as duas frutas que dão nome ao romance, em seu braço. José Camelo, além de ser o autor do clássico Pavão Misterioso, se estivesse entre nós, se orgulharia em ser o primeiro cordelista, a ter um título tatuado por alguém. Obrigado Mayara, por manter em seu próprio corpo a memória de sua avó, que deve ter tido muitas alegrias com você, e ainda preservar uma obra dessa em seu braço. Prova inconteste que o cordel segue marcando gerações.
terça-feira, 24 de setembro de 2024
JOVEM TATUA CORDEL EM HOMENAGEM A AVÓ
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