O poeta pernambucano acaba de lançar carta a uma amiga suicida, trabalho escrito em décima que começa assim:
Eu estou comovido até agora
Pela triste notícia recebida.
Por que tu destruíste a própria vida
Sem motivo nenhum, antes da hora?
Em silêncio, meu peito ainda chora
E eu não sei se suporta tanta dor.
Se eu tivesse uma chance, talvez por
Um instante eu iria te lembrar
Que é possível a vida melhorar
E tu és joia rara de valor.
Eu queria te dar força e coragem,
Dar afeto, vigor e paciência,
Enfrentar ao teu lado a turbulência,
Dividir todo o peso da bagagem,
Te mandar por e-mail ou por mensagem
Palavrinhas reais de gratidão,
Te dar beijos na face como irmão,
Demonstrando o valor de uma amizade,
Repartir minha vida na metade
Transplantando pra ti meu coração.
Jénerson Alves nasceu a 20 de junho de 1987, em Palmares-PE. Reside em Caruaru desde 1988. Aprendeu a ler sozinho, aos 4 anos de idade. Seus primeiros versos foram escritos aos 13, participando de festivais e saraus escolares. É autor de vários cordéis e tem dois CDs de poemas declamados: Sementes de amor e Do clássico ao matuto, este em parceria com Nerisvaldo Alves. Formou-se em Jornalismo pela Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip) e cursa pós graduação em Gestão Pública, na Faculdade Educacional da Lapa (Fael). É repórter do Jornal Extra, de Pernambuco e assessor de comunicação do Colégio Interativo de Caruaru.
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