quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

VALORIZAÇÃO DA CULTURA E DA ARTE


Qualquer país que se preza, se orgulha pela ciência e cultura produzida pelos seus filhos. O saber científico, quando valorizado adequadamente, transforma a vida da humanidade. Infelizmente, no Brasil, temos visto uma evasão imensa de cientistas e agora também os artistas estão sentindo o peso de não só serem valorizados, mas agredidos por um mandatário sem o mínimo de cultura, que nivela a população pelo seu baixo nível de conhecimento. Envergonha-nos um governo, cujo membro importante diz que os peixes sabem se livrar de óleo, um Ministro da Educação não sabe escrever a palavra impressionante, o outro não sabe pronunciar a palavra cônjuge e o Presidente da República afirma que os livros têm palavras demais. Desde o dia que este insano proferiu esta imbecilidade, venho me perguntando como escreverei meus livros a partir de agora, já que as palavras são demais.
Quando se valoriza a arte, por consequência o artista é valorizado. Em meus dezenove anos de escritor palestrei para os mais diversos públicos, das pequenas as grandes plateias, de dez a três mil pessoas, todavia a mais emocionante delas, foi em Banzaê minha terra natal na Bahia. Ao valorizarem o cordel, automaticamente me valorizaram e isso é o mínimo que qualquer político deveria fazer. No entanto, se o Presidente da República só menospreza os artistas, abre-se um triste precedente. Ainda bem que este senhor à frente do país não serve de bom exemplo para ninguém, senão nós os escritores estaríamos fritos. Espero que a resposta dada pela população brasileira seja a máxima inversamente o contrário e leiam livros com muitas palavras bem como valorizem a arte e toda espécie de conhecimento. Viva a cultura brasileira.

A foto que ilustra este artigo é de meu querido amigo e fotógrafo Ronald Santa Rosa, em Banzaê, no dia 24 de julho de 2018.



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