terça-feira, 30 de agosto de 2011

IMPRESSÕES SOBRE O FÓRUM II



No período da tarde a discussão no I FÓRUM DO CORDEL EM SÃO PAULO foi feita pela professora doutora Jerusa Pires e doutor Aderaldo Luciano.
Doutora Jerusa estava radiante por ter sido convidada para palestrar em um Movimento que tem marcado presença na Pauliceia e fincado as raízes com o cordel. Em sua fala destacou que os livros e a literatura oficial brasileira em nenhum momento registram a importância e cordel, e foi enfática ao dizer que os considerados medalhões, dificilmente têm o traquejo do poeta Delarme Monteiro, que segundo ela é um dos mais brilhantes do Brasil. Pesquisando o cordel, inclusive na Índia, disse que aquele folheto produzido lá, e em outros países só se assemelham ao nosso, no formato, mas jamais em seu conteúdo, e afirmou: “é completamente diferente.”
Doutor Aderaldo Luciano expôs que os autores considerados eruditos também fazem o que se costuma chamar de popular, e que, portanto essa divisão não contribui em nada para o mundo da cultura, que o cordel não é uma arte menor e nem feita por analfabetos. Como exemplo de erudição citou Antônio Teodoro dos Santos, que alude aos três requisitos básicos do cordel: rima, oração e traço em Lágrimas de Palhaço (Ed. Luzeiro). Segundo o pesquisador, é intolerável que se continue dando um status menor ao cordel e que se queira dar para ele uma paternidade européia, quando todos os poetas sabem que o pai desse filho é Leandro Gomes de Barros.
Aguarde as próximas impressões.


Nenhum comentário: