quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VELÓRIO NO CABARÉ


Em todas as cidades do interior sempre houve a instituição chamada cabaré, em algumas ficava separado do restante da cidade, conhecido como zona do baixo meretrício, como se as profissionais do sexo fossem pessoas indignas de conviver com a sociedade. Desse modo, fica claro que a hipocrisia sempre foi um mal antigo, pois os que pousavam de fieis e condenavam essas pessoas, sempre foram assíduos frequentadores desse ambiente. Enfocando essa questão o poeta estreante Antônio Leite narra o desejo de um “raparigueiro” de ter seu velório feito em um cabaré.
VEJA AS PRIMEIRAS ESTROFES:

Tudo no mundo se acaba
Isso qualquer um da fé,
Desde o maior ao menor,
Do mais chique ao mais ralé.
Mas quero ver acabar
A cachaça e o cabaré.

Onde tem mulher e cana
Amarro bem meu cavalo,
E só saio de madrugada
Depois do cantar do galo.
Se a mulher quiser saber
Onde andei morro e não falo.

Dizem: cachaça e mulher
É a grande perdição.
Só se for para os demais,
Pois pra mim é solução
Na cachaça afogo as mágoas,
E na mulher, a paixão.

Para conhecer o resto da história, só comprando o cordel.
Capa: Anderson Siqueira

RESUMO BIOGRÁFICO DO AUTOR

Antônio Leite de Lima (em arte Antônio Leite) nasceu na cidade de Bonito de Santa Fé, estado da Paraíba. É filho de Genival Leite de Lima e Geni Leandro de Lima. Além de compositor é também poeta cordelista, sendo este seu primeiro trabalho editado pela Luzeiro. Tem músicas gravadas por vários interpretes como Frank Aguiar entre outros. É um dos autores da música O LIVRO gravada pela banda Limão Com Mel.

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