O GAROTO QUE O DESTINO TORNOU UM HOMEM SEM SORTE
O mundo do cordel sempre foi masculino e machista, todavia isto tem mudado aos poucos, graças às mulheres que surgem neste meio. A editora Luzeiro tem dado a sua contribuição, lançando várias autoras de São Paulo e do restante do país. A primeira foi Ilze Bezerra sucedida por Cleusa Santo, Benedita Dellazari e Eloy Carré. Agora chegou a vez de Rosa Regis que faz uma homenagem póstuma ao seu filho Ângelo Ricardo Regis da Silva, numa narrativa comovente. Abaixo segue a sinopse e algumas estrofes:
O brado de uma mãe, que desabrocha em poesia para contar ao mundo a trajetória de um filho pródigo que não retornou a casa materna. Um suspiro dolorido, lágrimas derramadas, emoções represadas de quem mais ama e por isso mais entende de amor porque faz tudo sem esperar nada em troca, apenas ama. Rosa Regis coloca nesta história a dor e a angústia deixada pela ausência do filho Ricardo. Uma lacuna impreenchível que só o coração de mãe aprende a conviver.
Meus estimados leitores
Deste bonito país,
Venho contar aos senhores
Um triste caso que diz
O quanto pode sofrer
Um homem — esse pobre ser,
Quando o destino o desdiz.
Pois o desdito da sorte
Pouco do que faz acerta,
Além disso, com seus atos,
Dores aos seus ele oferta.
Assim, seu pai, seu irmão,
Parentes..., em confusão,
Ele os envolve na certa.
Aqui eu peço licença
Para aos senhores contar
A história de um menino
Que não viu como escapar
Ao seu terrível destino,
Pois ainda pequenino
Cai pra não mais levantar.
A tal história inicia
De uma forma bem feliz,
A princípio parecendo
Ser tudo que seu pai quis:
Um filho — um menino são,
Os santos ouvem e dão.
E ele ao Bom Deus bendiz.
Quem quiser adquirir seu exemplar entre em contato com a editora Luzeiro pelo e-mail vendas@editoraluzeiro.com.br
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