segunda-feira, 8 de setembro de 2025

POTÊNCIA DA LITERATURA MARGINAL


Do último dia 03 a 07 a de setembro a CPL (Câmara Periférica do Livro) realizou a Feira do Livro Periférico, em parceria com o Sesc Consolação, com a presença de várias editoras. Programação vasta, autores de estilos diversos apresentaram suas obras de qualidade invejável. Aconteceu mesas de debates sob a perspectiva da literatura periférica, que sendo excluída dos grandes eventos literários, encontrou sua forma de chegar às pessoas utilizando outros caminhos. Como ninguém detém o curso de um rio, estamos chegando aos rincões desta nação, atravessando a fronteira da exclusão. A literatura periférica se mostra cada vez mais pujante e potente, prova disso foi a comemoração dos 25 anos de lançamento do livro Capão Pecado, de Ferréz, autor que teve a ousadia, de sem saber, criar um movimento literário, que ao longo deste quarto de século tomou corpo e acolheu escritoras e escritores de variadas vertentes, daí a semente fértil tem se desabrochado, dando frutos incríveis. Literatura da melhor qualidade produzida na periferia deste imenso Brasil, tem ganhado asas e pousado nas mãos das leitoras e leitores, ávidos por uma escrita em que se sintam representados e acolhidos em suas alegrias e angústias.

A Feira do Livro Periférico é um acontecimento significativo, porque ampliou vozes potentes que reverberam por meio da escrita. As escritoras extraordinárias como Aline Macedo, Dinha, Elizandra, e tantas outras deram o tom da grandiosidade da literatura marginal. Tive a oportunidade de dividir uma mesa com o poeta e editor Josué Gonçalves de Araújo, sobre a importância que o cordel tem na formação da literatura brasileira, ainda mais sendo o único gênero literário reconhecido pelo IPHAN como um patrimônio nacional. Se fosse para citar a vasta programação e a extensa lista de autoras e autores, daria uma dissertação. Parabéns a todas e todos os envolvidos neste evento.

Ainda cito as presenças dos cordelistas Chico Feitosa, Tin Tin Alves, José Pessoa, Cacá Lopes Costa Sena, e Cleusa Santo.


















quarta-feira, 3 de setembro de 2025

FEIRA PERIFÉRICA DO LIVRO

 






A feira do livro periférico começou hoje no Sesc Consolação e irá até o próximo domingo dia 07/09. Como sempre, o cordel estará presente dando a sua contribuição para a consolidação da literatura periférica na cultura nacional. No próximo sábado participarei de um bate papo com o poeta Josué Gonçalves de Araújo, mediado pelo comunicador Ruivo Lopes. Também será o lançamento do meu livro O AMOR VENCE O RACISMO? Estão todos convidados para participar deste grande evento.

Viva o cordel, viva a literatura brasileira.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

O AMOR VENCE O RACISMO?

 


No próximo sábado, este livro será lançado no Sesc Consolação, na Feira do livro Periférico, às 13 horas. Nesta obra, narro a história de Cecília que enfrenta todas as adversidades em torno do seu amor. O racismo é uma chaga ainda muito presente na sociedade brasileira. Quem quiser conhecer melhor este livro, basta acessar o link abaixo:

Abram corações e mentes,

Dignatários leitores.

Apreciem este romance,

Entendam seus dissabores.

Por que houve escravizados,

Oprimidos por senhores?

 

Busquei em livros e sites,

Untados pelo cinismo,

No fel de arrogância branca

Refleti sobre esse abismo

Que me leva a perguntar:

O amor vence o racismo?


Quem outorgou para alguns

Este execrável direito

De se julgarem maiores

Baseados num conceito?

Para tratar um retinto

Na base do preconceito?


Conceberam tantas formas

De provocar desalento,

Patrocinar injustiças,

Suscitar o sofrimento.

À demência aos praticantes,

Às vítimas, constrangimento.


Mais informações

https://varnecicordel-com-br.lojaintegrada.com.br/o-amor-vence-o-racismo


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terça-feira, 19 de agosto de 2025

CORDEL ENCANTA TURMA DA EJA

 













Ontem, pela terceira vez, voltei a Emef Perimetral, em Paraisópolis, a convite da professora Celina, uma educadora comprometida com a transformação social, através da educação, pois sabe que este é o único caminho para a superação de tanta desigualdade existente em nosso país.

Levar cordel para os educandos da EJA é um acontecimento ímpar, pela empatia que existe entre ambos, o cordel, literatura nascida no solo nordestino, encontra seus irmãos retirados do seu chão para abraçá-los poeticamente e numa identificação natural de almas poéticas e sensoriais, promover uma simbiose perfeita de integração, com cada aluno que contempla.

Espalhar cordel, promover a leitura, incentivar o aprendizado por meio da poesia, é uma das ações mais significativas que um escritor pode fazer, porque além de prestar um serviço relevante a sociedade brasileira, espalha o gosto pela escrita e pela leitura. Em cada aluna e aluno da EJA vislumbro um pé de esperança, clamando para ser regado e cultivado para crescer, se desenvolver e dar o fruto que foi cortado no passado. Viva a educação pública e de qualidade, com professores e professoras valorizados, alunos incluídos e o cordel presente para abraçar todos os públicos e preencher as lacunas existenciais.

 

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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

O PODER DO CONTO E DO CORDEL



















 No último sábado, participei de O PODER DO CONTO e do primeiro encontro das mulheres cordelistas da cidade, organizado pela diva do Cordel, Cleusa Santo. O Poder do Conto, é um grupo da melhor idade, que se reúne todo mês, em um evento para contação de história, e dentro deste evento, aconteceu o encontro das cordelistas, que prestaram uma homenagem a Benedita Delazari, a primeira mulher a publicar cordel na cidade de São Paulo.

Se a primeira mulher a publicar cordel, Maria das Neves Batista Pimentel, lançou com o nome do marido, agora as mulheres do cordel propagam o nome dessa poetisa por todos os cantos, para que se torne cada vez mais conhecida e mostre que o machismo não pode continuar dando as ordens, em um mundo, cuja igualdade de gênero é urgente.

O grupo de mulheres cordelistas na Pauliceia Desvairada se destaca tanto pela ousadia, como pela produção de vanguarda, juntando tradição e modernidade. Elas criam selos editoriais, participam de feiras, de saraus, estudam, buscam cada vez mais o aprimoramento e a propagação do cordel, derrubando barreiras e levando este gênero literário brasileiro aos mais variados espaços. Onde não entram convidadas se impõem pela relevância.

Sinto-me feliz e representado por estas poetisas que honram o cordel e buscam sua mais integrá-lo a literatura brasileira. Neste encontro promovido dentro do evento de O PODER DO CONTO, ficou ainda mais pujante e pulsante o quanto elas, como diz Cleusa Santo “não vieram para brincadeira”. Viva as mulheres com sua sensibilidade e poesia para enriquecer a nossa literatura.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

O AMOR VENCE O RACISMO? É o novo livro de Varneci Nascimento


 
Com o Amor vence o racismo?, Varneci retoma e replanta a semente do que se chama “romance” em cordel: uma história longa narrando as vicissitudes pelas quais passa um casal de heróis para defender seu idílio amoroso. Atento às regras do cordel, também atento aos elementos constitutivos de uma boa narrativa, assenhora-se da forma (sextilhas compostas por versos de sete sílabas, confecção de rimas bem selecionadas, acentuação dos versos bem distribuída para oferecer-nos ritmo), do conteúdo e do seu estilo, cujo exemplo pode ser representado por esta estrofe:

 

Abram corações e mentes

Dignitários leitores

Apreciem este romance

Entendam seus dissabores.

Por que houve escravizados?

Oprimidos por senhores?

 

Texto premiado em concurso nacional de cordel, estudado por vários estudantes em trabalhos monográficos, dissertativos e teses de doutoramento, ganha uma nova versão ampliada e ilustrada com as xilogravuras de Josafá de Orós, artista experimentado e com traços encantadores. Um livro que chega potente e poderoso para se somar a tantos outros que refletem o racismo e o preconceito, uma chaga que fere a comunidade afro-brasileira.

 

Quem quiser adquirir, basta clicar no link abaixo:

https://varnecicordel-com-br.lojaintegrada.com.br/o-amor-vence-o-racismo