Certa vez fui apresentado como cordelista a outro escritor e, para minha surpresa ele disse: — Eu também faço cordel, aprendi em um voo entre São Paulo e Recife. Pensei, mas não disse: interessante, vivo profissionalmente desta arte, escuto e leio desde meus seis anos de idade e ainda não sei, para ele ter aprendido em três horas, Leandro Gomes de Barros, criador do cordel, está encarnado nele.
Brincadeiras à parte, presumir a presunção daquela
pessoa, se achar cordelista em poucas horas. Quando alguém me pergunta como
proceder para escrever cordel, primeiro pergunto se já leu cordel, conhece seus
autores, mas a dica principal é aconselhar a mergulha na obra de quem veio
antes da gente: os clássicos, como diz o poeta @chicofeitosa porque só assim, a
forma, a essência, o ritmo, as rimas, a aura cordelística se impregnará em
você.
Basta isso para ser poeta? Não, você pode dominar
todas as regras inerentes ao cordel e ainda assim não se transformar em poeta,
porque é entre você, sua alma, seu eu poético ou chame lá como quiser. Tem se
tornado preocupante nos dias atuais, uma pessoa faz duas rimas em dois versos e
se acha o best-seller do cordel. Não é bem assim, como diz Aderaldo Luciano “o
cordel deve ser difícil de fazer, mas fácil de entender”. Quem não está
disposto a passar pelo processo faça outra coisa, porque ninguém é obrigado a
se tornar escritor de cordel. Algumas capas de clássicos, quem quiser adquirir,
é só dizer eu quero, que entramos em contato.
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